Viver para quê?

 

Viver para quê?
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O pensamento ferve ao ritmo oceânico e o corpo movimenta-se como se não soubesse a direcção do racional. O quotidiano nao é apenas feito do lógico. Há acontecimentos por cima da nossa razão, e reconhecê-los pode ser um acto racional. Somos um teste contnuo da nossa humanidade. Florescemos nos cantos do talvez e, com o sol debaixo das cabeças ouvimos  os pássaros a rirem-se da nossa desgraça. Somos humanos que combatem o real pelo ideal. O que sobrevive é o ego e a esperancça de que o mundo, ainda pode ser um lugar melhor. Há quem considere um bar o seu mundo e, diz-se que, por sinal, são os que vivem poucos anos de eterna felicidade porque sequer lucidez ou a fé os assombra. 

A nitidez é um vocábulo para os que ainda querem ver. Desse lado, no mundo ideal queremos é olhar as páginas da vida de óculos. Discursamos com a certeza da falsidade do conhecimento de causa. Mas quem se ocupa em saber se a Turquia se localiza na Europa ou Àsia? O mundo sobreviveria se só existisse Platão e Maquiável  sem um Adam Smith para falar da importância do dinheiro? Nao é uma tentativa de sociologia de rumor. Nao se está a inventar. É também bíblico que o mundo não segue as doutrinas e/ou moralismos científicos. 

Ser lúcido, caminhar pela trilha do correcto, é opcional. É para isso que se fala de democracias. O homem, na sua essência, tem de ser livre para ao de cima ver a sua nudez ou a coragem de enfrentar a morte a mil tiros. Aliás, os tiros podem ser de auto-suicídio. Pensar logicamente gera inquientação. É desancolhável no mundo no qual estamos inseridos. 

A ordem neurótica ou psicosocial não tem a mesma sequência dos séculos passados. Ler Sigmund Freud, Max Weber e outros que há um tempo foram considerados sábios, é uma piada e novelístico.  Hoje vive-se mais tempo e à vontande admirando actores e actrizes de novela. Aquilo é real - sexo e sedução. Na verdade trabalhamos para isso - comer e fazer sexo, um cantor espanhol não está enganado. 

Por Jorge Zamba

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