A paz é uma construção constante - 4 Poemas de Zefanias Matsinhe

A paz é uma construção constante - 4 Poemas de Zefanias Matsinhe


1.


No horizonte, a bravura se ergue altaneira,

Em Moçambique, em setembro, ecoa a vitória.

As Forças Armadas, com glória verdadeira,

Conduziram a nação para a independência, história.


Com uniforme e honra, meu pai enfrentou o combate,

Na luta contra o domínio colonial, persistente.

Em cada batalha, um herói que não se abate,

Pelas terras de Moçambique, incansável e valente.


Hoje, recordamos com respeito e gratidão,

O sacrifício e coragem daqueles que partiram.

Nas asas da liberdade, alçaram voo em união,


Nas Forças Armadas, seus nomes estão inscritos,

Nossa pátria livre, em suas mãos floresceu.

Em setembro, celebramos, com corações unidos.



2.

Às terras de Moçambique, o coração,

Bravos guerreiros, heróis da nação,

Lutaram com fervor, sem hesitação,

Pela Pátria Amada, com dedicação.


Nas montanhas, nas vilas e cidades,

A luta se fez ouvir nas liberdades,

Moçambique, terra de mil saudades,

Teus filhos batalharam com valentia.


Com coragem e força, enfrentaram o jugo,

Romperam as correntes, lutaram pelo futuro,

Moçambique, nação de sonho e luta.


Hoje, lembramos esses bravos combatentes,

Que com honra e amor, de forma veemente,

Conquistaram a liberdade, gloriosamente.


3.

O banquete quinquenal dos Lobos


No "Banquete Quinquenal dos Lobos," o povo se perdeu,

A decidir quem iria comandar o rumo,

Mas nas promessas, o engano se entrelaçou,

Sutil encantamento, como ovelhas, caíram.


Nas palavras cativantes, encantadoras,

Hienas veladas sorriam com astúcia,

Enganaram com discursos, as almas sonhadoras,

Por detrás das ovelhas, tramando com artimanha.


Quinquênio de mandato, ilusões e desilusões,

Impostos abundantes, regalias dos líderes,

O povo, cordeiro, suporta as confusões,

No festim dos Lobos, entre sombras e médiuns.


Assim, no ciclo político e na sua agonia,

O povo precisa escolher com sabedoria.


4.


Paz


Na incansável busca por paz em Moçambique,

Um símbolo de esperança, luz que nunca fenece,

Durante 16 anos de luta, o desafio persiste,

Reconciliação, abraço à democracia, nossa premissa.


No coração, o pacto lançou,

Mas a paz duradoura, um caminho a trilhar,

Reconhecendo as diferenças, que o amor flua,

Enquanto a nação busca na união prosperar.


"Nossa Jornada" é a história, "A paz é construção constante",

Moçambique ergue-se, em cooperação relevante,

Na diversidade, encontramos nossa salvação,

Cada um desempenha seu papel nessa transformação.



Por Zefanias Matsinhe

Fernando Absalão Chaúque

Professor, escritor, poeta e blogueiro. Licenciado em Ensino da Lingua Inglesa. Autor de ''Âncora no ventre do tempo'' (2019) e co-autor de ''Barca Oblonga'' (2022).

1 Comentários

  1. Bom dia, como representante em funções de um importante site na nossa língua mãe,(lusopoemas.net) bastante difundido no Brasil e em Portugal, peço que nos divulguem na comunidade de escritores Moçambicanos com vista a nos tornarmos ainda mais globais como o nosso idioma merece, temos uma grande dificuldade em penetrar nos países lusófonos deste tão grande continente, por isso peço a vossa ajuda, muito obrigado

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