Vodacom, meu amor, estás a sabotar o nosso love. É sério, baby! Sinto que aos poucos se vai apagando a chama entre nós. O nosso relacionamento ficou gélido como um banho com água fria no inverno. Já não estou a aguentar com a tua pedalada. Baby, mudaste muito, já não és aquela carinhosa dos velhos tempos. Viraste uma marhandza e tanto; uma chupa-sangue. Já não estou a gramar das tuas vibes, mor! Relaxa lá um pouco. Deixa essa cena de se fazer maningue tipo és a última bolacha do pacote. Isso só estraga o nosso love. Tou a falar uma cena real!!
Querida, estás a acabar com o coração de um gajo. Chega de desgostos. Não se esqueça que eu já fiz muito por ti quando ninguém queria nada sério contigo, apenas aproveitar as gigantes ancas de bónus que oferecias. Há mais de uma década que te venero como minha madame, a Nkosikazi; desde os tempos em que o nosso padrinho era o cota Dilon Djindji e o “primeiro cabeçal” era Mr. Arsen; desde quando não sabias banhar devidamente nem trocar daquele teu vestido azul; desde quando a palavra de ordem era "bazza bazza", mas agora vives gritando aos meus ouvidos: "vaza vaza"; e já nem me deixas conversar pelo menos com os meus três amigos preferidos. Baby, é isso que queres? Um divórcio imediato? Sem stress, vou vazar. Há umas duas kheranas a chorar dias e noites por este boy.
Minha Queen, deixa esses chiliques. Só nos vão separar. Deixa de sempre estar a meter as mãos na minha carteira. Deixa de chupar os meus bolsos como se fosses um mecânico a aplicar a propriedade distributiva no combustível alheio com a boca. Não seja tão gulosa assim, love. Já não consegues me tratar com carinho? E tenha cuidado com as palavras que usas para se dirigir a mim. Acho que precisas reler todos os livros de Severino Ngoenha, Noam Chomsky, Armindo Ngunga e Bento Sitoe que te ofereci na nossa lua de mel na Ponta de Ouro. Qualquer coisa dizes que é "oferta". “Haaa... porque, baby... a tua oferta de internet…” “Haaa porque a tua oferta de SMS…”. Hawena!! Oferta uma cena que paguei? Injectei taco para ter? Come on, baby! Estás a tentar ser mais esperta que a própria esperteza? Já não estás biz em mim? Diga logo!!
Como dizia, há duas kherenas a me perseguir. Sim, aquelas vizinhas dos prédios depois do nosso. Estão sempre a me seduzir, dizem que querem lamber o meu charme e fazer de mim o homem mais feliz do mundo. Lembras da Tmcel? Não?? Aquela que nos cruzamos com ela na praia do Tofo durante as férias de verão no primeiro ano do nosso casamento. Sim! Ligou-me ontem a pedir-me em casamento. Diz que é uma mulher super blindada, vale duas numa só e tem carinho para dar e vender, infinitamente. Mandou-me uns nudes, mas ainda não os vi porque tu bebeste todos meus megas antes mesmo de eu ter ligado os dados móveis no celular. Já, a outra, aquela asiática meio alaranjada, diz que por enquanto só quer ser minha Mbuya, o resto veremos com o tempo, mas garante-me bons mimos e carinho a todo lugar e a todo momento.
Pensa bem, mor. Reveja os seus planos e as suas acções. Pois, se não mudares, o nosso futuro nunca será tudo bom!!
Por Fernando Absalão Chaúque