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Hoje os conservadores enfrentam outros tipos de revoluções. A maioria das mulheres ostenta bandeira da liberdade pelos seus direitos fundamentais. Tendem a deixar de ser simplesmente uma máquina de foder e limpar o rabo das crianças enquanto os homens, todos machistas, tomam cervejas e oram para que Deus mantenha a sua masculinidade. É isso que a sociedade conservadora não entende. Os homossexuais, agora defendidos pelo Papa também estão na vanguarda. Não se fala mais de pão como na revolução francesa. Agora trata-se do corpo. As pessoas querem explorar o seu "eu" sem pensar nas leis morais e cristãs. Estamos num sistema capitalista e, por isso, cada indivíduo faz o que pode para ter o que anseia. Enquanto isso, a orientação sexual, religião não podem servir de travão para limitar a vida das pessoas.
Esse Papa é, sem dúvida, um dos homens cuja História vai lembrar. Trata-se de uma figura que não apenas usa a Bíblia para interpretar uma realidade que a cada dia exige uma actualização dos mandamentos cristãos (católicos). Ele observa o mundo como homem, antes de tudo. Talvez o filme sobre ele veio a calhar- The Two Popes. Recomendo. Ele não é somente um homem liberal. É um homem que quer discutir os desafios da sociedade actual. Quer colaborar com os que, de certa forma, são considerados como pecadores por serem diferentes. Certamente, o Papa pode estar a recuperar os homossexuais que a igreja católica condenou durante séculos. Está, indubitavelmente, a fazer uma reabilitação aos cristãos de todo mundo.
Os cristãos radicais condenam veementemente a posição do Papa. Dizem que é uma opinião dos homens comuns. O divino não está para orientar os homens? O mundo não é celestial. É concreto e mediante esse facto, é importante tomar decisões também concretas.
Jorge Azevedo Zamba