Tsovani minengue de Mr Bow é um verdadeiro realismo da vida

Tsovani minengue de Mr Bow é um verdadeiro realismo da vida
Foto de @mrbowofficial

Mr Bow, escrevo-te este texto para falar da tua recente música. Não sou analista musical, mas permita-me dizer o quão sua musica é forte.
A música enquanto realismo da vida
A nossa pátria tem muitos cantores, mas poucos tocam algo que mexe com as nossas vidas quotidianas, e tu Mr Bow, (permita-me de novo, tratar-te de Tu) sabes como ninguém mexer com a alma dos moçambicanos, digo moçambicanos porque suas músicas acabam sendo abrangentes mesmo para aqueles que não entendem patavina de changana. Então, não quero perder a oportunidade de tecer meus comentários sobre a sua recente música.
No inicio da Musica Mr Bow afirma que tentou dar espaço para que outros músicos possam ter espaço de fazer seu melhor, mas infelizmente, esses não souberam aproveitar o espaço da melhor forma, daí que, por pena de nós (fãs) optou em lançar esta maravilhosa música. Quanto amor e humildade sua King. Isto demonstra o quão está comprometido com os seus fãs. De facto, neste interregno que assistimos seu silêncio, não conseguimos identificar uma música ou um cantor que seja alternativo ou que esteja à altura para superá-lo.
A recente música é um verdadeiro realismo e honestidade. Há certas verdades que a gente prefere esquivar, mas na tua música foste franco e real ao assumir que tudo que tem início tem fim. Na verdade, se muitas pessoas são vaidosas e apegadas, é porque não conseguem encarar esta verdade como estilo de vida.
Amigos, peço-vos, escutem de forma minuciosa esta obra de arte. A quadra festiva vem chegando ai. Repensem na forma como querem passar vossas festividades. As famílias moçambicanas são alargadas, em tempos passados, passar festa de família implicava chamar o tio, a tia, avó, o sobrinho etc, para juntos consolidar a união familiar, mas com andar do tempo, as festividades tomaram uma nova roupagem, cada um festeja no seu canto. Poucas vezes procuramos saber como é que o outro membro da família passa as festas.
Na verdade, o egoísmo e a vaidade tomaram conta de nós. Esquecemos que um dia, tudo que construímos vai ter fim, os nossos bens, os nossos carros, nossas esposas, nossas casas, deixarão de ser nossas quando o tempo chegar.  
Amigos, façamos dessas festas como se nunca tivéssemos nos visto há 10 anos. Programemos nossas festas, chamemos a nossa avó, nossa tia que vive de “biscato”, nosso sobrinho cobrador, para juntos consolidar a união familiar. O tempo voa, amanhã a gente morre, por isso, Tsovani minengue em família.
Aqui na família não tem Boss, todos os homens devem matar o porco, todas mulheres devem cozinhar e todas as crianças que brinquem até sujarem. Ninguém deve chegar atrasado na festa por motivos profissionais. As classes sociais devem ficar fora da família. Todo mundo é igual.
A musica de Mr Bow nos convida a dançar até esquecer os problemas diários. aliás, este é estilo característico dele. Na verdade, todo
s os dias somos confrontados por problemas e preocupações. Entretanto, a vida não se resume em dissabores, existem sabores que devem ser experimentados na vida e a música em causa é um exemplo característico do sabor da vida. Alegrai-vos amigos.
Vamos nos abraçar, beijar, rir, dançar, chorar sem limpar lágrimas. A vida é urgente. No cemitério não existe Boss de ninguém, então, experimente estabelecer relação horizontal para com outros. Olhe no fundo dos olhos e diga o quão é especial e talentosa a pessoa.  
Enfim Mr Bow, aqui escreveu um super fã seu, antes de me levantar da cama, baixei a sua recente música e ganhei uma inspiração matinal. Infelizmente, tenho que parar por aqui porque o sol lá fora já brilha e os deveres chamam por mim.
Sem me esquecer, o meu sonho é de poder ter um encontro consigo e poder dizer tudo a si fisicamente, agradeceria que fizesse esse esforço Mr Bow, mesmo que seja 5 minutos apenas. O importante é expressar tudo fisicamente.
Quanto aos meus amigos do facebook, agradeceria se fizessem partilha deste meu texto até chegar ao Mr Bow.
O Play da música acompanhou-me até terminar este texto.

Por Fernando Banze

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