Tela dos meus sonhos





Envergonhava-se o sol por de trás das nuvens, anunciando o novo dia. E a solidão era o meu poço de lamúrias naquele quarto vazio. E a sua ausência era a minha infeliz companheira. O meu consolo eram as deliciosas lembranças que teimavam  bailar em minha mente. Imortalizei-te no quadro do poder da minha imaginação e com a tela dos meus sonhos desenhei-te nua, naquela inesquecível noite de lua.



 A nossa cama, autêntico museu de lembranças, desde as invisíveis marcas das indeléveis tatuagens, dos inaudíveis gritos naqueles nossos inesquecíveis  encontros. O seu perfume ainda vagueava em nosso ermo quarto, quando ouvi a sua melodiosa voz, gritando, voltei! Feito um menino, de alegria chorei.

Por Minyetani Khossa

Fernando Absalão Chaúque

Professor, escritor, poeta e blogueiro. Licenciado em Ensino da Lingua Inglesa. Autor de ''Âncora no ventre do tempo'' (2019) e co-autor de ''Barca Oblonga'' (2022).

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