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De repente, os raios solares irradiavam com uma luz fugaz e brilhante, penetravam a janela onde um homem se encontrava a dormir. A luz era tão intensa ao ponto de fazer com que o homem dentro dos cobertores ficasse molhado de tanto calor e suor.
- Droga. – Exclamou ele. – Que calor infernal é este? Será que não mereço dormir até mais tarde?
O homem irritadiço levantou-se com tamanha força que quebrou as pernas da cama feita de madeira. Aproximou-se da janela do seu quarto. Contemplou um pequeno jardim que ao longe se encontrava, viu beleza nenhuma.
- Este mundo é uma merda. – Gritou zangado, dando alguns socos na parede. Quebrou o dedo polegar. – Merda!
O homem ficou dentro daquele quarto gemendo a sua dor por algumas horas. Lamentava a sua aparência. Pois era gordo, os dentes centrais pareciam de um coelho e suas orelhas pareciam antenas parabólicas. Tinha um nariz do tamanho de uma manga. Não se sabe ao certo o que lhe sucedera. Era um homem vil. Miserável era tudo que ele pensava sobre si.
O homem ficara tanto tempo trancado no quarto e, perdera contacto com a sociedade. Chegou a imaginar-se um animal selvagem. Atacava qualquer pessoa que se aproximava da janela do seu quarto. Não queria ser visto. E conta-se que no passado, quando ainda circulava pela praça, detestava ver outras pessoas felizes ou sorrindo. Pensava que ele era a razão de riso de toda aquela gente.
- Detesto este mundo. – Dizia o homem consigo mesmo.
- Droga. – Exclamou ele. – Que calor infernal é este? Será que não mereço dormir até mais tarde?
O homem irritadiço levantou-se com tamanha força que quebrou as pernas da cama feita de madeira. Aproximou-se da janela do seu quarto. Contemplou um pequeno jardim que ao longe se encontrava, viu beleza nenhuma.
- Este mundo é uma merda. – Gritou zangado, dando alguns socos na parede. Quebrou o dedo polegar. – Merda!
O homem ficou dentro daquele quarto gemendo a sua dor por algumas horas. Lamentava a sua aparência. Pois era gordo, os dentes centrais pareciam de um coelho e suas orelhas pareciam antenas parabólicas. Tinha um nariz do tamanho de uma manga. Não se sabe ao certo o que lhe sucedera. Era um homem vil. Miserável era tudo que ele pensava sobre si.
O homem ficara tanto tempo trancado no quarto e, perdera contacto com a sociedade. Chegou a imaginar-se um animal selvagem. Atacava qualquer pessoa que se aproximava da janela do seu quarto. Não queria ser visto. E conta-se que no passado, quando ainda circulava pela praça, detestava ver outras pessoas felizes ou sorrindo. Pensava que ele era a razão de riso de toda aquela gente.
- Detesto este mundo. – Dizia o homem consigo mesmo.
Um dia, chegou naquela região um jovem que abandonara a sua terra em busca do seu sonho. Era um ex-pastor de ovelhas e bois. Abandonou tudo em sua terra em busca do seu destino. Aprendera com a sua Avó Thenda que um homem necessita de deixar os pais em busca do seu crescimento. Só os inseguros com a vida permanecem no colo dos pais. O jovem tornara-se aprendiz dos maiores mestres do mundo. Por longos anos, permanecera no alto dos montes adquirindo conhecimentos transcendentais. O seu nome era Djalo.
O jovem Djalo, estava sujo e faminto. Procurava um lugar para se alimentar e possivelmente passar a noite. Procurou ao redor alguma estalagem.
- Senhor, vejo que esta é uma casa de hospedagem. – Disse ele ao senhor que vigiava a entrada. – Desejo água, comida e um lugar para passar a noite.
O homem olhou para ele por longos minutos com um olhar de desconfiança. Olhou atentamente as vestes que Djalo trazia. As sandálias dos seus pés quase sem sola. A camisa meio velha e rasgada na gola. A sua mochila e a calça que trazia é que pareciam novos. O homem abanou a cabeça como quem faz uma negação.
- O que trazes nessa pasta jovem? – Questionou o vigia.
- Livros e alguns apontamentos senhor. – Retorquiu. – São coisas que venho aprendendo ao longo de muitos anos. Levo nesta sacola conhecimentos que mudarão a mentalidade da geração futura. Permitirão que os homens tenham maior compressão de si próprio e da vida. Poderão entender que todos fazem parte da cocriação do universo. O mundo está em constante mutação e, são os seres humanos que o transformam.
- Senhor, vejo que esta é uma casa de hospedagem. – Disse ele ao senhor que vigiava a entrada. – Desejo água, comida e um lugar para passar a noite.
O homem olhou para ele por longos minutos com um olhar de desconfiança. Olhou atentamente as vestes que Djalo trazia. As sandálias dos seus pés quase sem sola. A camisa meio velha e rasgada na gola. A sua mochila e a calça que trazia é que pareciam novos. O homem abanou a cabeça como quem faz uma negação.
- O que trazes nessa pasta jovem? – Questionou o vigia.
- Livros e alguns apontamentos senhor. – Retorquiu. – São coisas que venho aprendendo ao longo de muitos anos. Levo nesta sacola conhecimentos que mudarão a mentalidade da geração futura. Permitirão que os homens tenham maior compressão de si próprio e da vida. Poderão entender que todos fazem parte da cocriação do universo. O mundo está em constante mutação e, são os seres humanos que o transformam.
- Podes mostrar-me tais apontamentos?
- Não. – Respondeu Djalo enquanto abraçava fortemente a sua pasta. – O seu nível de entendimento ainda não está preparado para ter contacto com tais conhecimentos. A sua mente poderia entrar em erupção como se fosse um vulcão. Romperiam os neurónios do seu cérebro.
- Julgas-te mais sábio do que uma pessoa mais velha que tu? Que ousadia miúdo. És um miúdo abusado e inconsequente.
- O senhor turba-se porque lhe falei da incompreensão do mundo em relação a conhecimentos ocultos? Se não consegue conter a si próprio, como poderá conter as mudanças do estado da mentalidade humana?
- Aqui não ficas. Procure outro lugar para comer e se abrigar. Nesta hospedagem já não há lugares vagos.
- Senhor, não lhe culpo pela falta da consciência. As suas crenças colocaram em si essa macabra atitude.
- Dizes que sou louco?
- O seu nível de entendimento deu-lhe tal conclusão? O Que dizeis de si próprio?
- Saiba que não verás o nascer do sol nesta região se não puder ser hospedado. O quebrador de vidros irá quebrar a tua cabeça nesta madrugada. Ele é implacável. Homem mau de corpo e alma. Um verdadeiro monstro humano.
- Não. – Respondeu Djalo enquanto abraçava fortemente a sua pasta. – O seu nível de entendimento ainda não está preparado para ter contacto com tais conhecimentos. A sua mente poderia entrar em erupção como se fosse um vulcão. Romperiam os neurónios do seu cérebro.
- Julgas-te mais sábio do que uma pessoa mais velha que tu? Que ousadia miúdo. És um miúdo abusado e inconsequente.
- O senhor turba-se porque lhe falei da incompreensão do mundo em relação a conhecimentos ocultos? Se não consegue conter a si próprio, como poderá conter as mudanças do estado da mentalidade humana?
- Aqui não ficas. Procure outro lugar para comer e se abrigar. Nesta hospedagem já não há lugares vagos.
- Senhor, não lhe culpo pela falta da consciência. As suas crenças colocaram em si essa macabra atitude.
- Dizes que sou louco?
- O seu nível de entendimento deu-lhe tal conclusão? O Que dizeis de si próprio?
- Saiba que não verás o nascer do sol nesta região se não puder ser hospedado. O quebrador de vidros irá quebrar a tua cabeça nesta madrugada. Ele é implacável. Homem mau de corpo e alma. Um verdadeiro monstro humano.
- Creio que seja melhor viver com tal monstro do que com certas pessoas desta Vila. Negas-me o pão e o abrigo por causa da incapacidade de aceitar a verdade. Se te revelasse uma parte desses segredos, enlouquecerias. Não és culpado pelo teu nível actual de compreensão. A sociedade em que vive criou as suas crenças e baseando-se nelas, programou-te para aceitar apenas as coisas por ela desejadas. Para ser uma pessoa extraordinária é necessário sair do comum. É preciso que a alma transcenda para o universo. A consciência não pode prender-se ao corpo, mas...
Djalo foi interrompido com um hóspede que procurava também um lugar para passar a noite. O porteiro correu e pegou as malas do novo inquilino para dentro. Voltou para fora onde Djalo estava parado e jogou um copo de aguá na sua cara. Murmurou algumas palavras despercebidas e fechou a porta.
Já era noite. Djalo sentia fome e frio. Caminhou pelas ruas da vila na esperança de ser recebido em um lar familiar. De longe contemplou uma família pela janela sentada à mesa. Ao fundo tinha uma lareira. Na mesa um homem que aparentava estar na idade dos 40 anos. Uma adolescente e uma criança sentada ao colo do tal senhor. A mulher servia à mesa. Aquela cena o fez rever a sua família distante. Pensou: "Um lar com tanto amor, com certeza poderá me hospedar e partilhar comigo o seu pão".
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Álvaro dos Reis
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Álvaro dos Reis
Parte II em breve
Djalo tentará a sorte com a família e na calada da noite, poderá encontrar-se com o quebrador de espelhos
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