A minha irresistível vizinha Stayce


A minha irresistível vizinha Stayce

Vivo na ponta Géa, minha recém moradia depois da Baixa, mudei-me por vários motivos que a vida me tem presenteado a meio surpreendente. Naquela manhã acordei triste porque a minha companheira da vida a dois me anunciará uma viagem a Maputo que duraria uma semana para uma reunião geral da sua agência.
Desde que ela partiu vivo assombrado, tentado, assediado lambido pelos olhos da steyce minha vizinha que me surpreende ao passar das horas.

Tudo começou a meio mês desde a minha estadia por aqui de lá para cá, tenho acordado todas manhãs me deparando com a Stayce de olhos fixos em mim, sou casado e prometi à minha esposa que jamais a trairia por mais musculosa que seja as tentações das outras mulheres, porém, esta a ser difícil e não garanto a ninguém que irei resistir ao ver aqueles mamilos ao estilo de palhotas horizontais, aquelas curvas e dunas perfeitas que habitam no corpo dela quando veste os seus vestidos transparentes igual a água vumba, aquele sorriso rasgado igual a um poema de amor mal terminado, aquela voz melódica que sacia qualquer ouvido anémico de sons saudáveis, é sério, nem posso jurar porque estaria a aumentar os meus pecados.

A Stayce é solteira, sei lá veio de onde, mas sei e tenho a certeza que ela morra aqui a poucos meses, ela é misteriosa igual a um cemitério nas madrugadas; pouco a conheço como os demais moradores apesar de conversarmos com frequência. Mila minha doce mulher sem igual cuidadora e protectora, agradável e amável, a única.

No meio da noite escutei a minha campainha tocar, indignado pela hora em questão abro a porta e me surpreendo, Stayce vestia pouca roupa me olhava com gula, sem demora agride-me com os olhos e as mãos e me encurrala pela parede, no canto da sala não tenho como fugir, lança-me suas provocações e faz em poucos minutos minha noite se tornar um roteiro pornográfico, tenta de todo jeito me levar aos maiores pecados; eu resisto mas não resisto o suficiente, vasculha-me o corpo com as suas suaves mãos, meus cabelos ficam em pé, um fantasma passou por aqui, morde-me a orelha para ver se actuo mas nada, ainda estou intacto, imóvel, resistível, por fim ela desiste larga-me agressivamente e questiona-me indignada:


- Você não reage porquê ou não tenho o que precisas??
Calmo e encarando-a  continuei calado e fiquei pensando no que deveria fazer...

A cena virou rotina ela tocava minha campainha incansavelmente dia após dia, hora após hora, eu resistia a aquela formosura, aqueles lábios a gomos tangerinados esculpidos ao rímel da cor do amor, eu ignorei todas suas tentativas.

No dia seguinte logo pela matina  saí ao encontro de Henriques, amigo inseparável, e contei-lhe todo o sucedido, ele disse-me que  deveria educar a felina e eliminar os rastros, simplesmente não concordei porque as mulheres dificilmente conseguem deixar de desejar o que realmente querem e se isso acontecer e ela desejar pôr um fim no meu casamento?, "Melhor evitar que remediar". No final do dia regressei aos meus aposentos e me tranquei para deixar o sono enamorar os meus olhos. 
De repente minha campainha toca, era ela novamente:

- O que você quer Stayce? - questionei sonolento

- Só quero conversar, sinto-me bem ao pé de ti - exprimiu-se.

- Você sabe que sou casado e não posso deixar-te entrar e ficarmos a  sós, queres me derrubar o casamento...? 

Mal terminei de me expressar ela me atropela, rasga-me os desejos e trepa-me, tento tirá-la-lá por cima de mim ela resiste, beija-me, saca a blusa e as demais peças e mostra-me as suas intimidades, eu resisto mas não resisto, o produto é provocante deixo escapar as babas, tento me conter para não harmonizar os amassos, eu resisto mas não resisto, tira-me a camisa, puxa-me os pelos do peito, diz palavras safadas nos meus ouvidos, que força essa mulher tem! Rebenta o meu sinto de pele de cobra e coloca as mãos no proprietário alheio, pulo de gemidos, queria resistir mas já não resisto, correspondo às tentativas da mulher, toco-a brutalmente amável, faço-a conhecer bem o céu antes da terra, já louca de excitação digo-a que vou buscar o preservativo saio em direção ao quarto de banho, saio pela porta dos fundos e vou-me embora.

O que devo fazer?

Por favor, deixa a sua sugestão nos comentários 



*Richard Priminta* - Direitos reservados. - 2019
Fernando Absalão Chaúque

Professor, escritor, poeta e blogueiro. Licenciado em Ensino da Lingua Inglesa. Autor de ''Âncora no ventre do tempo'' (2019) e co-autor de ''Barca Oblonga'' (2022).

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