Sanjo Muchanga - FB |
Procuro ser
O que no ser
Foi escrito
Para ser
Depois
De escrever
Qualquer
Coisa
Para se ler
Com os tons
Poéticos.
Publicamos livros
Para serem lidos
Na tristeza
Substituem os postes
E denigrem
a nossa cidade
a nossa imaginação
E a nossa acção.
Acidentes são vários
Poetas nem digo
O castigo são livros
Mal lidos e mal entendidos
Críticos adversários
E leitores feitos críticos
Tudo mesma coisa
Aqui não há livros
Para os leitores
Nem há leitores
Dos livros que publicamos
Ao modernismo das coisas
Simétricas as que não existirão.
Sanjo Muchanga
2.
Não são as saias
E as pérolas
Que bailam
Nesta poesia
Das coisas
Em intimidades
De fazer ouvir
As partidas
Mal chagadas
Dum livro
Ainda por
Escrever.
Se a crítica
Chegar primeiro
O imbondeiro
Será o verdadeiro
Poeta dos elogios
Em orgias poéticas.
3.
Poesia não choras
Aquele que te achar
Como eu te achei
Te amará
Se dizer-te adeus
Ao preâmbulo
Das odisseias
E das elegias
Poéticas.
E muitos olhos
Te amarão
Sem desfrutar
Os teus gemidos
Fugirá
O tremor da caneta
Ao deslizar
Em teu corpo
Vento
Sem fim.
E novamente
Serás tão doce
Como aguardente
No fim das coisas
Que te entristece
E te prende
No silêncio
Dos homens.
4.
Publicamos livros
Para serem lidos
Na tristeza
Substituem os postes
E denigrem
a nossa cidade
a nossa imaginação
E a nossa acção.
Acidentes são vários
Poetas nem digo
O castigo são livros
Mal lidos e mal entendidos
Críticos adversários
E leitores feitos críticos
Tudo mesma coisa
Aqui não há livros
Para os leitores
Nem há leitores
Dos livros que publicamos
Ao modernismo das coisas
Simétricas as que não existirão.
Por Sanjo Muchanga