Em plena madrugada de domingo, quando não mais se ouvia nenhum som se não
o dos insectos da noite; o Raimundo desperta e põem-se a apalpar a cama, do
lado direito, onde de costume dormia a sua amada esposa. Eis que os seus
instintos animais iam se acendendo, pois, já estava na hora de tragar a sua
presa. Ele foi apalpando cerca de cinco minutos mas não conseguia alcançar o
seu "doce de coco".
Frustrado, ele se levanta para certificar com os próprios olhos, pois, ele
julgava que a sua mão fosse inútil e que os seus olhos nunca falhavam.
Filha da mãe! - Disse o Raimundo enraivecido. - Não é possível, eu devo
estar a sonhar, será que estou louco ou a Felismina não está?
Levantou-se da cama e foi correndo em direcção do interruptor a fim de
confirmar.
- Isso não pode ser! Disse o Raimundo depois de ter ligado as luzes.
- Onde é que foi essa vadia, puta da merda?
Os meus amigos sempre me diziam que a minha esposa era uma bandida em filmes
de acção mas eu não quis dar ouvidos! Lamentou o Raimundo.
Os seus neurónios começaram a aquecer quase que alcançava o aquecimento
solar. Pegou na garrafa de Wisky que estava por cima da cabeceira e pôs-se a tomar
quase a metade.
Deixe-me ligar para essa vaca de duas tetas! Pensou o Raimundo.
(Trim trim, trim trim) O telefone chama mas a Felismina não atende.
O Raimundo foi lançando ao chão e nocauteando tudo o que via em sua frente.
Tornou a ligar, dessa vez mais furioso ainda. Eis que a Felismina atende:
— Oi amor! - Disse a Felismina.
— Não me chame de amor sua vacabunda, puta de merda, onde é que estás a
essa hora? - Perguntou o Raimundo furiosamente.
— Amor eu... Tentou falar a Felismina.
— Eu já disse para não me chamares de amor, afinal de contas é isso que tu
andavas a fazer quando eu estava em Londres? - Interrogou o Raimundo.
É melhor ficares aí onde estás, pois, eu não quero mais ver essa sua cara
em minha frente.
— Amor, eu tentei te acordar mas tu não acordavas, pois, estavas completamente
tomado pela tua segunda esposa que é o álcool, a que você mais ama! Respondeu a
Felismina com lágrimas escorrendo pelos seus olhos.
O nosso pequeno Pedro encontra-se de baixa nesse exacto momento.
— Me desculpe meu amor, eu sou um imprestável, egoísta e canalha!
Afirmou o Raimundo com lágrimas nos olhos, pois, estava bem envergonhado.
Autor: Mitó Dygueh
Mitó Dygueh |
Alberto António Joaquim Gadaga, nascido a 20 de Outubro de 1997,na cidade da Beira, alto da manga(Capital da província de Sofala). Tem como pseudônimo "Mitó Dygueh"(Mitó,nome de casa e Dygueh,que provém do seu apelido "Gadaga".
Apaixona-se pela literatura em 2015,quando ainda fazia 12aClasse na Escola
Secundária da Manga, influenciado pelo seu colega e amigo de nome Amarildo Luís
Nota. Começa a escrever no princípio de 2017. Sua primeira obra foi um artigo
de opinião com o tema: A famosa abreviação.
Inspiração de dar inveja!
ResponderEliminarForça mano
ResponderEliminarMuito obrigado pela força meu caro.
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