Poesia
cósmica
Não me pergunte para onde foi
o amor que brotou do caos;
Os ciclos que sustentavam o
nosso amor
Como os que sustentam a terra;
As brigas têm sido giros
sem voltas
Como tem feito o sol para com
a terra;
.
.
Cansei de me mover para manter
a rotação dessa relação;
Enquanto ficas fixo esperando
a amanhecer e anoitecer,
O que fazes por nós?
.
.
Vai com o seu verde das
árvores
Meu ar, leve o junto
Minha atmosfera que me protege
da radiação cósmica;
.
.
Vai, evapore
Forme nuvens para quem hoje é
o teu querido céu;
Mas não te esqueças
Tu voltarás como chuva
Chorando e gritando.
Não te causes stress
Não me procure,
perdi a alma e o coração.
Já não acredito no
amor e prefiro o barulho do seu silêncio;
Parti para longe de
tudo que me faz mal.
Não me pergunte
nada, emprestei-me ao mundo, não sei quando voltarei.
Fui e se não
voltar, não se preocupe porque estarei só esperando a morte;
Se voltar, estarei
morta e provavelmente no caixão da carência, não me receba, não te causes
stress, já algum tempo que me perdi.
Globalização
Já não basta o
sangue nosso derramado?
Sou a voz que clama
no deserto,
Libertem o meu
povo.
Não queremos as
asas que nos cortaram,
Nem o limbo que nos
trouxeram;
Testa por testa se
quiserem,
Deixem-nos curvados
aos nossos ancestrais,
Dançando Mapico,
Saboreando a
deliciosa Nyangana;
Mesmo sem as asas
que nos cortaram,
Com o limbo que nos
trouxeram;
Depois chamam-nos
pretos,
E esquecem que
somos pretos, sim.
Somos pretos.
Pretos da cor do
carvão,
Do carvão da nossa
terra,
Terra rica de
cultura;
Somos pretos.
Pretos da cor do
povo,
Povo preto da minha
terra,
Terra rica de
cultura;
Sou a voz que clama
no deserto,
Libertem o meu povo;
Não nos matem com o
samba e o bacalhau...
Não nos corrompem
com as vossas vestes. Pobre capulana.
Já não basta o
sangue nosso derramado?
Agora a moda, o
som, o paladar?
Mulher
Sou uma mulher
moçambicana;
Que trabalha com
rimas forçadas.
Trago comigo a
capulana;
E no ventre
crianças abençoadas;
A minha luta que
até hoje permanece;
Tenho lutado contra
o que acontece,
Corrupção e forças
de opressão.
Sou uma mulher
moçambicana que de colonização não se veste;
Mulher que vaga do
leste à oeste,
A procura do que
preste.
Sou uma mulher
moçambicana que trabalha com rimas forçadas;
Versos que retratam
o meu rosto cansado,
Poemas sem fim são
palavras que nunca murcharão.
Poesia Malthus
Estão todos vazios
Diferindo o pão do
meu país.
Antes os oficiais
Que não fazem nada
mas mais que não fazer nada,
Não nos deixam
fazer.
.
.
Por que não gerar pão
Que não se faz no
lençol?
Trancar todos os
quartos,
Abraçar os anticonceptivos,
Abandonar o
"não" que tarda o progresso?
.
.
Por que não gerar
pão?
Que não se faz no
lençol?
Ressuscitar junto
com a poesia
Malthusiarmos!
Rogar guerra sem
pudor;
Desejar cheias com
furor;
Pelo bem do nosso
país
À Deus, adeus.
Reduzir tudo isto,
Isto, crescimento
populacional
.
.
Então o pão da
padaria vai caber para os nossos filhos,
Nossas filhas vão
engordar,
Os que mbuyhavam na
bicha serão os primeiros,
O nosso sorriso
será coberto da maravilhosa matapa ...
Lizete Sitoe
© Todos Direitos Reservados
Lizete Sitoe
Lizete António
Sitoe, nasceu na capital de Moçambique, cidade de Maputo, antiga Lourenço
Marques aos 26 de janeiro de 1998. É estudante de técnico aduaneiro, poetisa,
declamadora, amante da psicologia, professora nas escolas dominicais da igreja evangélica
assembleia de Deus, onde tornou-se Cristã e foi baptizada.
Escrevia poemas
desde a sua infância e começou a declamar no ano 2015 especialmente para a sua
Mãe, em seguida na sua instituição e com o tempo foi se expondo nos saraus de
poesia, nas Rádio e tv's e foi vencedora em vários concursos de poesia na sua
instituição. Em 2016 participou em certos eventos de moda, como estátua humana
e em 2017 tornou-se membro da associação Nkaringana Arte e coordenadora de
eventos na associação Fénix e iniciou um movimento "pequeninos de Jesus
" em seu centro dominical.
Pois ela têm um bom pontecial, e uma carreira promissora!
ResponderEliminarPois ela têm um bom pontecial, e uma carreira promissora!
ResponderEliminarPois ela têm um bom pontecial, e uma carreira promissora!
ResponderEliminarA força motriz da sua arte está desenhada na sua alma
ResponderEliminarSeus desejo está desenhado no coração das suas emoções
Em versos e estrofes deduzidos pelos seus falangetes
Ndza bayeta
Tens muito potencial Lizy vais longe sim, faltou um Tautoindr...voces da Fenix melhor sabem redigir isso
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