Havia sido publicado um anúncio de vagas no Facebook da empresa FIPAG em Chókwè. O irmão mais novo do Manuel, informa-o (dizendo que havia vagas disponíveis), pois, ele sabia que o irmão
andava à procura de emprego.
— Óh irmãozinho! - É verdade o que dizes? Perguntou Manuel.
— É sim! Respondeu o Timóteo
— Não brinques comigo, Timóteo, pois, eu já estou farto das tuas palhaçadas.
- Diz-me lá, é verdade ou não? Perguntou o Manuel com a cara bem enrugada.
— É claro que sim! - O porquê ia mentir para si? Respondeu o Timóteo com
medo de levar um carolho.
— Deixe-me certificar, se não for verdade, te vou carregar pelas orelhas, colocando-te
a flutuar, e depois te soltarei trazendo-te ao chão com um carolho bem dado!
Declarou o Manuel.
Minutos depois, o Manuel chama o Timóteo. Eis que o Timóteo vai mas já preparado
para esquivar-se dos golpes letais do Manuel.
— Valeu pela informação meu pequeno irmão e, me perdoe pelas ameaças! - É
que ultimamente tenho andado meio estressado como tens visto, pois, já estou
farto de procurar emprego que nunca se acha nesse país! - Ainda hoje mandarei o
meu Curriculum! Desculpou-se o Manuel.
Um mês depois, após ter passado pela entrevista, Manuel chega a casa muito
sorridente, o seu rosto e os seus dentes brilhavam como um brilho de diamante.
— O que foi meu filho? - Hoje estás muito feliz, será que podes compartilhar
com a sua mãe? Perguntou a dona Rosa, pois, lá se ia um bom tempo que ela não
via o filho assim.
— Mãe, mãe! - Fui admitido! Disse o Manuel saltitando de alegria.
Eis que a dona Rosa entra no clima do filho, correndo para lá e para acolá.
— Obrigada, meu Deus! - Finamente o meu menino terá um emprego! Agradeceu a
dona Rosa.
— Mas, meu filho! - Tu tens que tomar muito cuidado, pois, lá onde tu vais
não se pode brincar com mulheres de dono, porque se não te hão-de cortar em
pedaços! Aconselhou a mãe, pois, ela sabia que o filho era viciado em mulheres.
— Haaah mamã, fique calma, tu sabes que eu tenho o cinturão negro, sei me
defender! Disse o Manuel sorrindo.
Dias depois, o Manuel já se encontrara em Chókwè, exercendo a função onde
fora admitido.
Não demorou muito para que o Manuel conhecesse a Maria, a moça mais linda
do bairro. Isso foi numa sexta-feira, quando lá se ia a luz do dia. O Manuel vê
a Maria toda sorridente, estava ela de ‘’uns shorts’’ que dava para ver as suas
pernas bem achocolatadas. Sem mais delongas, Manuel vai para bem próximo dela
jogando todo o seu charme juntamente com a sua lábia, e ela não aguentando com
as pedaladas, cai na fita.
Sem nenhum tempo a perder o Manuel leva-a para o seu novo teto e, aconteceu
o esperado.
Todo bairro ficou sabendo do acontecido, inclusive o Marcelo, o esposo da
Maria. Frustrado, o Marcelo pega em sua arma e vai para a rua 7 de Abril de onde
sempre passava o Manuel no seu regresso.
— E aí jovem! - És tu o Manuel de quem tanto falam no bairro? Perguntou o
Marcelo a fim de confirmar.
— Sim, sou eu! - Porquê a pergunta? Respondeu o Manuel mas esse já com medo,
pois, já se via no semblante do Marcelo que aí tinha problema.
O Marcelo tira a arma e aponta para o Manuel, dizendo:
— Seu desgraçado, tu pensas que aqui tu podes fazer e desfazer?
Perguntou o Marcelo enquanto apontava a arma. De repente o Manuel já estava
todo estatelado no chão e de sua cabeça escorriam rios de sangue.
Ajuste de contas |
°
°
Escrito por: Mitó Dygueh
Leia outro conto do Mitó Dygueh
AQUI.