As marcas deixadas pelas guerras mundiais em Escritores #2
Não houve uma única família na Europa que não teve um membro que tivesse sido morto nas Guerras Mundiais até 1945. Elas deixaram uma marca em todos, incluindo obviamente os escritores. Assim, o que os escritores têm a dizer sobre as guerras mundiais, resumimo-lo aqui.
3. H.G. Wells e a Guerra Mundial
H. G. Wells |
Herbert George Wells foi um influente escritor e jornalista britânico de ficção científica do final do século XIX e início do século XX. A sua obra, incluindo o seu famoso romance “A Guerra dos Mundos”, reflectiu a sua opinião sobre a guerra e os seus efeitos na sociedade.
Wells foi um crítico vocal da guerra e dos seus efeitos destrutivos sobre a sociedade. Acreditava que a guerra era um esforço fútil e esbanjador que não trazia mais do que morte e destruição. Em “A Guerra dos Mundos”, Wells apresenta uma história fictícia de uma invasão da Terra por marcianos, mas o romance é frequentemente visto como um comentário sobre a natureza destrutiva da guerra e do imperialismo. O romance retrata os efeitos devastadores da guerra na sociedade, a futilidade da guerra, e a vulnerabilidade do homem face à tecnologia avançada e ao poder superior.
Wells também escreveu obras de não-ficção sobre o tema da guerra e os seus efeitos na sociedade. Ele acreditava que a guerra era um produto da ignorância humana e que poderia ser eliminada através da educação e da compreensão. Defendia a criação de um governo mundial que impedisse a guerra através da resolução de disputas pela diplomacia e não pela força militar.
Acesse aqui (https://dlivros.com/livro/pais-cegos-outras-historias-wells) para ler alguns livros de Wells.
4. Wilfred Owen sobre a Guerra Mundial
Wilfred Owen |
Wilfred Owen foi um poeta e soldado britânico que é mais conhecido pela sua poesia poderosa e comovente sobre a Primeira Guerra Mundial.
Owen nasceu em 1893 e cresceu numa família da classe trabalhadora em Inglaterra. Começou a escrever poesia ainda jovem e foi profundamente afectado pelo início da Primeira Guerra Mundial. Em 1915, alistou-se no exército britânico e foi enviado para as linhas da frente em França.
Enquanto servia como soldado, Owen testemunhou em primeira mão os horrores da guerra e foi profundamente afectado pelo sofrimento e morte que viu à sua volta. Escreveu poesia para expressar os seus sentimentos sobre a guerra e para testemunhar as atrocidades que viu. Escreveu sobre o impacto físico e emocional que a guerra teve nos soldados, bem como sobre a desilusão que a guerra trouxe àqueles que a experimentaram.
O poema mais famoso de Owen, “Dulce et Decorum est” é considerado um dos mais poderosos e comoventes poemas anti-guerra jamais escritos. O poema descreve os horrores da guerra química e o tributo físico e emocional que ela causou aos soldados. O poema é também uma poderosa crítica à ideia de que a guerra é gloriosa e que é doce e apropriado morrer pelo próprio país.
A poesia de Owen é ainda hoje amplamente lida e estudada. A sua obra é considerada uma das poesias mais poderosas e comoventes sobre a Primeira Guerra Mundial, e continua a ressoar com os leitores de hoje. A sua poesia é um poderoso lembrete do custo humano da guerra e da necessidade de trabalhar para a paz e compreensão.
Acesse aqui (https://hotblog7faces.blogspot.com/2020/11/dois-poemas-de-wilfred-owen.html) para ler alguns poemas de Owen.
5. Woolf e a Guerra Mundial
Virginia Woolf |
Virginia Woolf, autora e feminista britânica proeminente, escreveu extensamente sobre o impacto da Primeira Guerra Mundial na sociedade, particularmente nas mulheres. Era uma pacifista e a sua escrita reflecte a sua oposição à guerra.
No seu romance “Mrs. Dalloway” (1925), Woolf retrata o impacto da guerra sobre as personagens, particularmente sobre as personagens femininas. O romance explora os efeitos psicológicos e emocionais da guerra sobre as personagens, que lutam para se adaptarem às suas experiências e à perda de entes queridos. O romance é ambientado num único dia em Londres e retrata os pensamentos e sentimentos das personagens, as suas memórias, e as suas respostas à guerra. O romance reflecte também a crença de Woolf de que a guerra é uma força destrutiva que dilacera a vida dos indivíduos e das sociedades.
No seu ensaio “Reflexões sobre a paz num ataque aéreo” (1940), Woolf reflecte sobre a eclosão da Segunda Guerra Mundial e o impacto da guerra na sociedade. Ela argumenta que a guerra é uma força destrutiva que dilacera a vida dos indivíduos e das sociedades. Ela também sugere que a paz é uma necessidade humana fundamental, e que os indivíduos e as sociedades devem trabalhar para alcançar a paz.
Acesse aqui (https://farofafilosofica.wordpress.com/2017/12/28/virginia-woolf-13-livros-para-download-em-pdf/) e leia algumas das obras de Woolf.
Continua!!
Título: As marcas deixadas pelas guerras mundiais nos escritores e suas obras
Título original: Writers on world wars
Autor: The philosophy room (https://www.facebook.com/philroomkhi)
Tradução: Daúde Amade
Revisão: Fernando Absalão Chaúque