@_beppe14 |
1.
NA PRAÇA
praça
Muita gente passa
Na praça a gente ama.
Na praça somos
Poetas do povo
Explodimos em novo
Cantar poético
Em coração esotérico.
Mas na praça
Também choramos
Em emoções,
Traições,
Até incursões.
Não há apenas amor
Também a dor
Da Palavra (te amo)
Não comprida,
encurtada
Por ter conhecido Amarilda
Naquela praça deformada.
Na praça...
@fagos54 |
2.
NÃO AO ABORTO I
NÃO AO ABORTO I
Para onde me guias?
Para terra fértil do ventre, mãe
Ou para a penumbra onde não poderei ver a luz.
Para onde vou?
Para um coração sem sentimentos
Ou para mente sem escrúpulos
Onde a minha vida não poderá surtar de saudades
Onde serei despejado a sangue frio
Como a que se despeja a mentira
Que nem mesmo por um fio
Desejarei ver a luz do dia
Que agonia
Arrancaste meus sonhos.
Ah mãe, esqueci
Não pude sonhar no teu ventre.
Não posso lutar
Mesmo que eu a história
Queira mudar
Não terei vitória
Pois teu ventre é como para mim camisa de força.
Minha triste curta passagem pela vida
Quem diga?
Foi abortada minha viagem
Pelos desejos tidos pela miragem
Não sei
Não imagino e nem sequer sei
Nem comecei
Mais já sou travado
Como criminoso na eléctrica cadeira
Que cadeia
Nem sei a minha imagem.
Oh mãe!!!
Nem sei, não imagino a tua imagem
Que não desça rios de lágrimas sobre montanhas do teu rosto
Que desgosto
Desejava eu Deus castigar-te
Mais me faltam desejos
Pois abortaste a minha viagem
Que miragem a tua!
Para terra fértil do ventre, mãe
Ou para a penumbra onde não poderei ver a luz.
Para onde vou?
Para um coração sem sentimentos
Ou para mente sem escrúpulos
Onde a minha vida não poderá surtar de saudades
Onde serei despejado a sangue frio
Como a que se despeja a mentira
Que nem mesmo por um fio
Desejarei ver a luz do dia
Que agonia
Arrancaste meus sonhos.
Ah mãe, esqueci
Não pude sonhar no teu ventre.
Não posso lutar
Mesmo que eu a história
Queira mudar
Não terei vitória
Pois teu ventre é como para mim camisa de força.
Minha triste curta passagem pela vida
Quem diga?
Foi abortada minha viagem
Pelos desejos tidos pela miragem
Não sei
Não imagino e nem sequer sei
Nem comecei
Mais já sou travado
Como criminoso na eléctrica cadeira
Que cadeia
Nem sei a minha imagem.
Oh mãe!!!
Nem sei, não imagino a tua imagem
Que não desça rios de lágrimas sobre montanhas do teu rosto
Que desgosto
Desejava eu Deus castigar-te
Mais me faltam desejos
Pois abortaste a minha viagem
Que miragem a tua!
NÃO AO ABORTO
@jdu2003 |
3.
RESTART VI
Detalhei
Cada ponto
E encontro palavrial.
Extorqui olhares descarados
Em corrupção
De belezas sem excepção
Até de corpos moribundos.
Pecado
É morte
Ou morte infernal?
Não saberia
Dizer a verdade
Mais deveria
Me descartar da vaidade.
Recomeçar (restaurar)
A fome da palavra
Oração reactivar
Bons frutos colher
E boa terra (coração) cultivar.
Este é o restart meu
E o teu?
@love.abstract.art |
4.
RESTART IV
RESTART IV
Tinha
Que ser
Duro com a vida minha
Empobrecer
O meu coração
Esvaziar meu orgulho
Apagar-me dos meus desejos
E pintar-me em doces olhos.
Que nenhuma verdade feia
Aterre em meus lábios
Pois nem até os sábios
Poderão desvendar tudo
Que se faz sentir feira
Da minha vida.
Virei voz sem dono
Morno
Até desejar
Rasgar a dor
E me lembrar do passado
É um facto
Mais é mim hoje
Tudo é restart (reinício).
@new_and_abstract |
5.
DEBAIXO DAS LÁGRIMAS
E a dor?
Só o fracasso
Ritmos
Que faço
Melodias tácitas.
Livro minha vida
Cada página uma folha
Cada folha um poema
Em fôlego desperdiçado.
É
Se dê
Confiança
Mesmo tendo
Muita dúvida.
Te
Vejo
No brilho
Da minha lágrima.
***
Nome: Julião Matavel
Com o Pseudónimo: Poeta Da Mansidão
Julião José Matavel (Maputo, 3 de Junho de 1996) é um poeta, escritor e declamador Moçambicano. Concluiu a 12ª Classe na Escola Secundária Força Do Povo onde fez Parte do Movimento Literário Nascer Da Poesia (Co-Fundador) trabalhando com vários Poetas. Foi Activista da Africa United e Wake Up.
Em 2011 Participa de um livro, uma Colectanea no Kutsemba Cartão com o Poema, "A Saudade". Faz Parte e é Vice-presidente Do Grupo De Evangelização Pescadores De Homens-GEPH.