Pais desatentos, veneno para os filhos |
A Laura era uma
bela adolescente, inteligente e acima de tudo humilde. Ela fazia tudo certinho
em casa tanto como na escola. Por onde passava deixava rastos de alegria, pois,
ela carregava consigo muita energia positiva. Quem a via toda sorridente nem
imaginava que havia algumas peças quebradas no seu coraçãozinho.
A sua casa
parecia um inferno para ela, visto que, para os pais, tudo o que ela fazia era
nulo e nada do que dizia era levado em consideração. Por vezes, era espancada e
berrada por motivos fúteis e, eram os seus lençóis rosa que enxugavam as suas
lágrimas ferventes; eram as suas bonecas de pelúcia que a abraçavam todos os dias
e, era com um papel e caneta que exprimia a sua tamanha dor.
Muitas vezes
pensou em tirar sua própria vida, decerto que para ela não havia mais nenhum
motivo de viver, sabendo que a desprezavam e nem a consideravam como filha.
Ela tinha vários
pretextos para odiá-los mas ela era incapaz de fazê-lo.
Certo dia, ela
decide declarar-se aos pais dizendo o quanto os amava, mas para sua tristeza
fizeram-na fechar a boca.
Na manhã seguinte,
depois de o galo ter cantado, a mãe chama pela Laura três vezes, mas nada se
ouvia do quarto da filha. Furibunda, ela vai com o intento de açoitá-la mas
para sua surpresa a pequena Laura não se fazia presente.
- Onde é que essa menina se meteu a essa hora?
Perguntou a dona Catarina. Eu juro que vou chicotear essa mocinha.
Assim que ela
olha na cabeceira, vê um bilhetinho.
- Mas o que será isso? Questionou-se.
A dona Catarina
decide abrir o bilhetinho para ver o que lá tinha.
- Não pode ser, a
minha filhinha não deve ter feito isso.
De repente
ouve-se um grito vindo do quarto da Laura.
O senhor
Francisco sai correndo para ver o que lá se passava mas esse já com a face
amarrotada.
- Meu amor o que está acontecendo? Questionou o senhor Francisco, pai da
Laura.
- É a Laura, meu amor.
- O que tem a Laura? - O que ela fez desta vez?
- Por
favor, leia esse bilhetinho. Disse a dona Catarina.
Não tardou o senhor
Francisco para ler o bilhetinho.
Assim estava
escrito:
Querido pai e
querida mãe, eu vos amo tanto mas eu não aguento mais com os matabichos de
broncas que vocês me têm dado pela manhã, pelo almoço de chapadas e pelo jantar
de críticas.
Já estou cansada de viver assim, o que eu queria era simplesmente
a vossa atenção, o vosso carinho e afecto, mesmo que fosse um pingo de cada um
deles.
Quando vejo as
minhas amigas brincando com os pais fico com tanta inveja e digo: "Quem
dera que fosse eu."
Não sei para
onde vou mas quero que vocês saibam que sempre os levarei em meu coração.
Laura
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"Pais desatentos,veneno para os filhos" tem quantos capítulos?
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